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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Também quero um Acelerador de Partículas


Até que ponto a embriagada inventividade humana vai. Até onde a vontade de novos conhecimentos e descobertas irá levar a espécie humana. Chamam-nos Homo sapiens sapiens, a espécie que sabe que sabe (ou acha que sabe alguma coisa), embora não sejamos uma espécie digamos, válida, do ponto de vista científico (toda espécie descrita precisa de um indivíduo no qual serão baseadas as descrições, e este deve permanecer em coleções científicas de museus. Não é o nosso caso, bonecos de cera não valem). Mas esses dias ai ouvi falar de um tal LCH, no bom português Grande Colisor de Hádrons, ou acelerador de partículas como é popularmente conhecido. O maior de todos já construídos (Tá na moda ter um desses, necessariamente maior que os outros já existentes). É uma coisa simples, não ultrapassa de 30 km de diâmetro, 27 mais precisamente, abarrotado de bobinas de cobre, dutos de alumínio, nitrogênio liquido em excesso, enfim, coisa simples. O preço disso tudo é irrisório, apenas alguns bilhões de dinheiros aí. Mas qual a vantagem de se ter um desses? Ai é que está! Aceleradores de partícula são na verdade tentativas de se desvendar a origem de tudo, de se reviver o momento em que a vida pôde ser concebida a partir da formação do universo. Em suma o equipamento funciona da seguinte forma. A teoria se baseia na colisão de partículas atômicas, no caso dois prótons desprovidos de elétrons, que girariam em sentidos opostos. Por meio de eletroímãs ambos as partículas, que atingiriam altíssimas velocidades próximas a da luz, seriam forçadas a percorrer a mesma orbita, e desta forma entrariam em colisão. O resultado disso tudo seria a liberação de uma quantidade de energia absurda, próxima a 100 vezes a temperatura do sol. Após a colisão em questão de segundos seria possível presenciar condições que devem ter existido frações de segundo após o Big Bang (o que faria Stephen Hawking lacrimejar de felicidade e sair saltitando pelos campos de Chateau Villette). Só que nem tudo parece ser uma maravilha. Temerosos renomados por ai falam da possibilidade de fim do mundo, pois a colisão poderia gerar uma espécie de anti-matéria instável ou então, na pior das hipóteses, um buraco negro que poderia absorver toda massa da terra. Os envolvidos no projeto alegam que não, que isso é improvável e que provavelmente o buraco seria tão pequeno e sua velocidade seria tão grande que este simplesmente iria em direção ao espaço sem qualquer tipo de ameaça. Em meio a isso tudo os sapiens podem fica tranqüilos, pois se tudo der errado e o buraco “engolir” a terra, será tão rápido que nem iremos perceber.

Sr. Pepper

2 comentários:

  1. Mais um ótimo texto, Sr. Pepper! Bem, o temor sobre o LHC (não LCH) realmente é infundado, tanto pelo argumento que você citou quanto pelo fato de que a vida não é tao interessante quanto Hollywood. Imagine, um buraco negro seria uma ótima aventura para a Liga da Justiça, ou uma excelente saída para o rapaz do texto Prefiro as com mais de trinta...
    E espero mais textos com igual qualidade!

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  2. Agradeço as palavras gentis! Que bom que gostou dos textos, é algo que faço com prazer. Bom saber que tenho agora um leitor que faz comentários. Espero críticas produtivas também, não se acanhe.

    Att.
    Sr. Pepper

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