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domingo, 15 de março de 2009

Aberta a temporada de caça aos imortais


Declaro aberta a temporada de caça aos humanos! Isso mesmo, humanos. Não patos, não gatos, não ratos, apenas humanos. Pode parecer bem absurdo o que vou dizer nas próximas linhas, mas eu acredito que os seres humanos, em toda sua extensão, com seus quase sete bilhões de indivíduos, não passam de conjuntos de copias modificadas. Calma, (antes que queira me agredir verbalmente com termos de baixo calão) não estou dizendo que só porque você talvez se pareça com o Woody Allen, seja uma copia intrínseca dele e tenha talento para produzir obras-primas cinematográficas e “piadas-puxa-piadas” engraçadíssimas como só ele o faz (isso foi sarcasmo!), ou mesmo que se você de longe lembre a Winehouse, possa agredir a todos sem escrúpulos. O que estou tentando dizer é que é absolutamente normal que ao longo de sua vida você encontre seres humanos muito semelhantes a alguns que já conhecia (como naqueles jogos de RPG, onde a maioria dos personagens parece ser sempre composta pelos mesmos “tipos”, daí a possibilidade de sósias, dublês e tartarugas do Mário Bros). Isso acaba por desencadear uma série dos chamados dejà vu (do francês “já visto”) que podem variar de freqüência e intensidade para cada pessoa. Você tem certeza que não tem um colega muito parecido com alguém famoso, ou mesmo com um desenho animado? (pense bem, deve ter um tio que é a cara do Marrone da dupla sertaneja, é um dos tipos mais comuns existentes ora!) Pode falar vai, você nunca chegou a pensar que algum estranho da rua fosse um amigo seu de infância? (Visualize: GRANDE RAPAZ! HÁ QUANTO TEMPO EU... eh... há quanto tempo... eu num to querendo saber quantas horas, por favor?). Acabamos não dando importância a esses pequenos eventos, razão pela qual talvez ainda estejamos vivos (Olha o Neo ou “Mister Anderson”, como queira! Foi reparar nisso e foi literalmente cegado pela Matrix). Situações de “dejà vu” não são tão raras assim (como dragões brancos de olhos azuis, ou pior, fuscas conversíveis amarelos). Na verdade elas estão em toda parte, basta percebê-las (seria mais como as Tortuguitas de chocolate: ainda fabricam, ainda vendem, basta procurar no lugar certo). Mas pode acontecer por vezes o seguinte: um rapaz pergunta a uma jovem se eles já não se conheciam. Ela então acha a pergunta um despautério dá um grito e atira (sem pensar duas vezes) todo o conteúdo de seu poderoso spray de pimenta “sabor” barbecue nos olhos do sujeito, fazendo-o lacrimejar e ter tiques no olho esquerdo para o resto da vida (coitado, apesar de ter soado como uma cantada, ele apenas tinha presenciado um autentico dejà vu e nada mais). Mas o que gostaria de destacar desses “clichês”, “lugares comuns” é outra coisa bem mais interessante. Você já reparou que algumas celebridades parecem ser, digamos, imortais? Pense bem: porque o tempo tem sido tão bondoso com pessoas como Faustão, Xuxa, o rei Roberto Carlos, Sidney Magal, Niemeyer, Herbert Richards, Fidel e o nosso caro e digníssimo Silvio Santos, pra num falar outros mais. Teóricos do assunto e especialistas em teoremas da conspiração (algo que comentarei em textos futuros) pensam na possibilidade de um complexo esquema de sósias desses imortais que são trocados em média a cada 50 anos (o que faz sentido, se pensarmos que nossa querida Derci Gonçalves viveu cerca 632 anos e que talvez ela tenha sido tirada de cena pra não dar muito na cara, erro que já haviam cometido com o senhor Matusalém). Sósias atrás de sósias, treinados sistemicamente para nos transmitir serenidade, tranqüilidade e paz. Imagine o mundo sem Silvio Santos! (embora o consenso geral seja que Silvio na verdade é um andróide e que o microfone chumbado no tórax, que nunca sai pra nada, é um ponto fraco em sua camuflagem humana de silicone de alta ductibilidade). O esquema seria uma tentativa de prevenir o mundo do caos? Mas quem faria isso? Não sei. Não dá pra dizer se isso tudo é balela ou não, mas a verdade é que Billy Shears, esse ultimo sósia do Paul McCartney, apesar de pegar no cigarro com a mão errada, a direita (uma vez que Paul era canhoto) é igualmente habilidoso, e manda tão bem quanto o velho “besouro”.

Sr. Pepper

segunda-feira, 9 de março de 2009

Sem desmerecer as peripécias de Pelé e companhia


Não sou um "cabeçudo" em evolução, mas escrevo com o peso de um leitor entusiasta que sou dos temas relacionados (que por sinal, não é tão grande por isso releve os eventuais deslizes). O ano de 2009 traz consigo uma situação ímpar: comemoramos os 150 anos de uma das teorias mais revolucionárias da história, que mudou toda a forma de como entendemos o mundo a nossa volta: “A Origem das Espécies por meio da Seleção Natural”, que quebrou uma série de dogmas e paradigmas há muito enegrecidos pelo tempo (dentre os quais o dilema do punhal do fofão ser macabro ou não, e o provérbio: porque “tudo junto” se escreve separado e “separado” se escreve tudo junto). Ao mesmo tempo temos a honra de contemplar o bicentenário de uma das mentes mais prodigiosas de todos os tempos, ícone das ciências naturais, o caro Sr. Charles Robert Darwin. Manifestações comemorativas estão por todas as partes, e os equívocos, creio eu, também (nessas horas a Globo se supera de forma tão maestral!). Vendo um documentário sobre o tema ouvi um absurdo que me deu náuseas (não encontrei um meio com o qual pudesse digerir a informação. Pareceu-me, sinceramente, o bife detetive de uma tia minha: frio, duro e com nervos de aço): “A espécie humana é a única que consegue e sempre conseguirá driblar o mecanismo da seleção natural”. De fato, parece um tanto lógico se pensamos no homem como humanidade e considerarmos a sua evolução cultural. Ora, se ocorrer um inverno rigoroso, construímos abrigos e nos aquecemos com o fogo que “descobrimos”. Se a fome é intensa, desenvolvemos a agricultura e outros métodos para conseguimos tirar sustento (ou simplesmente fugimos felizes para o McDonalds ou Bob's). Mas e se falta água? Se surge uma nova cepa de determinado vírus, o qual poderemos não ter a capacidade de desenvolver a imunidade necessária a tempo ou fazer a contenção daquele? E se um bloco de rocha espacial de alguns milhares quilômetros de diâmetro colide com a Terra, mudando totalmente as condições atuais (o que é absolutamente plausível, tendo em vista a quantidade de migalhas de planetas que vagam pelo espaço)? O que me parece, é que subestimamos esses eventos e alguns deles chegamos a ridicularizar nas produções hollywoodianas sob a mascara de galãs (embora Elijah Wood como Leo Biederman em Impacto Profundo não seja um deles, propriamente dito. Apesar do furinho no queixo e olhos claros, a barba cerrada de sempre parece fazer falta ao garoto). Catástrofes podem, sim, acontecer a todo o momento seja por questões naturais, seja pela nossa interferência (que, aliás, é por vezes inflada pelo nosso ego ferido). Sim, a todo o momento ouvimos alguém dizer desesperado com todas as palavras: “Meu Deus do céu, estamos acabando com o nosso planeta!”. Será? A verdade (penso eu) é que é um tremendo misto, não de presunto e mussarela, mas de arrogância e prepotência pensar dessa forma. Quem a gente pensa que é para ser digno de tal proeza? Se os recursos necessários à nossa sobrevivência na Terra não forem usados de maneira consciente (e não estão sendo) e assim esgotados, a única coisa que vai sumir, além de uma grande parcela da biodiversidade, que infelizmente não tem nada a ver com isso, será a humanidade. Não tenho dúvidas de que em menos de um mísero milhão de anos (tempo irrisório na escala temporal da Terra) tudo aquilo que construímos e com o qual batemos no peito de orgulho, simplesmente desapareça e a vida siga seu rumo de alguma forma (ainda que diferente do atual). As coisas não costumam durar tanto tempo assim (é como seu carrinho de controle remoto, você achava que seria pra sua vida inteira até seu cachorro degustá-lo com um pouco de molho pardo). Imagine um edifício, por mais moderno que seja sujeito a intempéries como chuvas, insolação, ventos, durante um período de 100.000 anos sem manutenção (isso pra num falar em um tempo maior). Imagine oceanos e continentes inteiros trocando de posições como que dançando (coisa que nunca pararam de fazer), inundando cidades inteiras, países inteiros e queimando com o sol o que antes era fundo de mar. Em muitas das vezes esquecemos que o próprio tempo de existência da espécie humana não é nada dentro da história da Terra (seriamos um trailer de curtas da Pixar enquanto a Terra seria um série de intermináveis temporadas de Malhação) e que, apesar de todas as mudanças que temos causado e de todos os nossos "dribles"(sem querer de forma alguma desmerecer as peripécias de Pelé e companhia), o planeta continua vivo, ao seu modo, mas continua vivo.

Sr. Pepper

segunda-feira, 2 de março de 2009

Nunca deixe de ir ao Bate-bate


A gente nunca pensa que os sinais da velhice vão chegar e quando menos se espera, somos velhos, fazendo coisas de velhos (assistindo Survivor, jogando bingo, ou dizendo “no meu tempo as coisas eram diferentes...”). Digo isso por experiência própria. Lembro-me, por exemplo, como se fosse ontem do tempo em que tinha um monte de frescuragens em relação à comida (talvez o dilema a seguir não seja tão estranho para você). “Ah não mãe, cebola não! Não quero!”, “Mas filho, o que a cebola fez para que a odeie tanto?”, “Bom...ela faz um barulhinho quando se mastiga!”. É interessante como esse discurso parece tão absurdo quando se envelhece um pouco. Aposto que se você fazia isso, agora não faz cerimônia alguma quando te oferecem uma porção de fígado acebolado casado com uma cervejinha bem gelada. Há outros exemplos gastronômicos: o lendário brócolis, largamente temido quando somos pequenos (afinal de contas, nossa incrível imaginação nos faz o grande favor de transformá-los em terríveis Ents da terra média, loucos para comer nossas vísceras com colheres de chá). Vejam só, crescemos e ele já não é tão assustador, sendo inclusive considerado delicioso, se acompanhado de um franguinho grelhado com arroz branco. E com as bebidas? Sabe a coca-cola que você bebia horrores, sei lá, três, quatro litros em uma única festa? Agora, com um copo e meio você está entupido, com a sensação de que vai explodir ao menor movimento (um tio meu realmente explodiu como se fosse aqueles balões de bala durante uma festa, foi uma lástima). Mas podemos pensar também nos aspectos comportamentais que surgem com a maturidade. Se você leitor for homem, saberá do que estou falando, se for mulher basta prestar a atenção em seu pai, ou qualquer outro homem mais velho por alguns momentos. Os homens quando envelhecem adquirem certas capacidades (e peculiaridades) que antes não possuíam. Observe, por exemplo, seu pai ou irmão mais velho logo após uma farta refeição. Ele pára pra dar aquela assentada na comida em frente à TV e sem querer ou fazer esforço algum (e de forma totalmente irracional) ele dá o que poderíamos chamar de “Tomada de ar”, como se tivesse soluçando, mas de forma estranha. Ele simplesmente captura cerca de 83,75% do oxigênio disponível no recinto (movimento este que emite um som parecido com um “hâaap!”, muito semelhante a um anfíbio se alimentando). Todos os pais fazem isso, mas de modo geral todos os homens, com a chegada de certa idade. Há outra habilidade de pai, que não deixa de ser de homens velhos. Façamos um teste: o que seu pai lhe diz quando você pergunta se pode fazer determinada coisa (exemplos: “pai posso destruir seu carro novo com a enxada do vô?” ou “pai posso pular do terraço com essa asa de pegasus azul que fiz de papel marchê?”)? A resposta é bem clara, ele nem olha pra você e diz “Pergunta sua mãe, se ela deixar...” Além disso, quando um homem torna-se pai, surge milagrosamente uma nova estrutura um tanto primitiva (semelhante a uma cauda enrolada à cintura pélvica) que será uma característica morfológica altamente adotada como meio de retaliação às travessuras de filhos: o temido cinto. É sempre assim, você faz a capetagem que for, mas independentemente de qualquer coisa, se você for punido por isso com uma surra de cinto, você sentirá muito e nunca mais a fará novamente (seqüelas graves ficarão além, é claro, de uma simpática marca eterna em seus glúteos, carinhosamente deixada pela amável fivela do cinto de seu pai). E assim eu poderia ficar horas falando dessas apomorfias de homem velho. Muitas dessas características ou comportamentos surgiram sem que você perceba, mas uma coisa é muito importante. Se você já apresenta alguns desses sinais patológicos, fique calmo e procure seu médico de confiança imediatamente, pois você corre grande risco de estar envelhecendo. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores as chances de o tratamento ser eficaz. (Ah sim, você quer saber sobre o tratamento?!) É bastante simples. A maioria dos especialistas predica duas horas diárias de Donkey Kong, ou uma ida a um parque de diversões a cada seis meses. Mas nunca deixe de ir ao carrinho de bate-bate, isso é essencial para diminuir consideravelmente a concentração de velhice em seu espírito.

Sr. Pepper