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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Fagulha no coração do Milton Nascimento


(E ai blz? tdb c vc?) Aposto que entendeu sem problemas minha saudação, não é verdade? É natural que na ultramoderna linguagem da internet as pessoas tenham uma tendência (pra não falar obsessão tremenda) de encurtar o número de frases, períodos e até mesmo as palavras (será por preguiça?). É claro que isso não é de hoje. Exemplo disso é o bom e mineiro “cê”, que em outros tempos já se vestiu de “ocê”, jogou super nintendo com “você”, andou de charrete com “vós micê” e apreciou um refinado chá no palácio de “vossa mercê”. Isso remete a um conflito épico: De um lado, fervorosos membros da liga dos defensores magistrados da idolatrada língua-pátria amada brasileira (professores de gramática), sentindo-se violados, ultrajados, com tais neologismos e adaptações. De outro, guardiões da emancipação da escrita e do direito à liberdade de fazer e dizer merda, por qualquer que seja ela (os jovens), desatinados a cisalhar os compêndios da linguagem clássica (será por provocação?). Com isso, “também” vira “tb”, “um beijo!” vira “bjo” (e “bj”, para os mais preguiçosos), “tudo de bom” vira “tdb”, “valeu!” vira “vlw”, “falou!” vira “flw” e “Caramba, confesso que achei muito engraçado o que você acabou de me enviar!” se transforma no poderosíssimo “LOL”. Compacto, simples e extremamente útil, tal como uma máquina portátil de processar couve de bruxelas! Mas não se enganem pela aparência desse singelo e carismático bonequinho de bracinhos levantados. Não sabem a força desse ícone de três letras. É universal! Escreva “LOL” no solo de marte e será visitado em sua casa por Charlie Sheen e Steve Wonder. Mandarim que nada, escreva “LOL” na china e entenderão o que você quis dizer! (embora nem você saiba o que quis dizer e nem por isso eles te contem). Se colocássemos legenda na legendária respiração de Darth Vader seria algo do tipo: “Sussurro: LoooooL... LoooooL”. E o milésimo gol de Pelé? Na verdade, foi narrado com um efusivo e prolongado “LOOOOL!”, mas com as interferências da mídia radialista acabamos ouvindo “GOOOOL!”. Entretanto, “LOL” é como um gato-bomba de Schrödinger (ou um pombo-correio-caolho), se usado da maneira errada, por pessoas erradas ou mesmo em horas erradas, pode causar sérios problemas. Poucos sabem, mas é bem possível que a campanha nazista da segunda guerra mundial tenha sido desencadeada por este pequeno e fatídico símbolo. Há quem diga que após a derrota da Alemanha na primeira guerra, Hitler teria recebido por engano (ou não!) um par de pantufas do Pluto, uma foto do Tião Macalé e uma toalha de rosto vermelha com um imenso “LOL” estampado e os dizeres “Fuck yeah!” (Pro doidão isso foi a gota d’água!). Mas agora que sabe da força de um LOL (mais ou menos 3,33x1033 kg.m/s³³) deve estar se perguntando: De onde esse bonequinho feliz surgiu e por que diabos ele faz ola o tempo todo? Pois bem, a origem de “LOL” já foi uma incógnita para a humanidade, mas atualmente existem algumas teorias. Já ouviram falar do esperanto? É o seguinte, tentaram (sem sucesso) criar uma língua que fosse universal e a chamaram de esperanto, devido à esperança que se tinha de que ela unisse os povos de todo mundo (tolos ingênuos, não conseguiram fazer o que o Facebook faz de olhos vendados!). Mas a língua inglesa não deu o braço a torcer. Deu no que deu! Hoje estamos aí, cansados de ouvir o Luciano Huck dizer que inglês é importante, que "Inglês e Espanhol é Fisk", que "CCAA, uou uou!" (do original CCAA LOL LOL!) e blá blá blá... Enfim, acredita-se que “LOL” na verdade seja um adjunto adverbial do já esquecido esperanto. Outros sugerem que seja um ideograma japonês para "Assalto!", ou ainda uma espécie arcaica de hieróglifo egípcio referente à Hamsés fazendo exercício de barras no domingo. De qualquer forma, trata-se de algo de tempos remotos que, por ironia do destino, resurge com força total no início deste século, agora então potencializado pela fugacidade da internet aliada à nossa continua teimosia em fazer coisas não produtivas no tempo em que ficamos no conectados (Ora vamos! Você está lendo esse texto que não vai te levar a lugar algum!). Seja lá o que for, “LOL” é um resquício, um prefácio da profecia, uma fagulha no coração do Milton Nascimento que teima em arder e dizer que amigo é coisa pra se guardar.

(Por fim, se gostou do texto ou teve náseuas enquanto lia, por gentileza, faça um pequena homenagem ao bonequinho de bracinhos levantados nos comentários abaixo e tenha um LOL dia!)

Sr. Pepper

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