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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Eterna ternura dos olhos luminosos


Caro leitor, não sei de você, mas uma das coisas que mais me intriga é capacidade de absorção voltaica de coelhos. Sério! Vou expor minha lógica, espero que acompanhe o raciocínio (leia-se: devaneio desvairado!). É fato que coelhos falam muito pouco, mas ouvi dizer sobre um caso curioso (tipo Benjamin Burton) no vilarejo do feudo do condado de Divinópolis no final do século V. Durante o episódio final da trama global “Vale Tudo”, no momento da revelação do assassino postiço de Odete Roitman, o coelho de estimação da casa teria se postado em posição bípede, erguido os bracinhos e gritado freneticamente “EU SABIA!”. Em seguida o pequeno animal teria se desatado a comer cenoura em absurdas quantidades de forma suicida na tentativa desesperada de disfarçar seu vacilo. No filme “O segredo dos Animais” fica bem claro que humanos não devem saber... Uma vez que coelhos não gostam de falar (apesar de capazes), a maioria das pessoas os coloca na categoria de animais de estimação indoor, ou seja, aqueles que podem naturalmente ser criados dentro de casa sem qualquer incômodo ou maiores danos (como girafas, lêmures e baleias jubarte). Bem diferente de demônios da tasmânia ou pior, um zwergpinscher (aqueles pinschers miniaturas: puro evil!). Até aqui, temos o coelho como um excelente animal de estimação para nossos filhos. Entretanto, há algumas características um tanto singulares (bizarras!) nestes pequenos portadores de desproporcionalidade semiótica (não se sabe porque eles evoluíram para o padrão: pernas e orelhas demasiado grandes; cabeça e bracinhos diminutos). Coelhos são na verdade seres pentadimencionais. Ora, vai me dizer que você nunca se perguntou o porquê deles (juntamente com pombos obesos) serem os preferidos pelos mágicos em números de cartola. Coelhos poderiam muito bem ser usados como amortecedores de guindastes, pois são o “material” mais compressível da face da Terra (Sua tia diz a mesma coisa de uma forma diferente: “Que fofinho... cuti cuti da mamãe!”). A densidade de coelhos é negativa e eles é que exercem força sobre a coitada da gravidade, não o oposto! Mas quem já reparou a fundo na anatomia do crânio de um coelho, sabe do que estou falando. Não existe lógica alguma para as estruturas ali contidas. Para começar é um dos poucos bichos que tem olhos vermelhos (pelo menos daquele jeito). Eu lhe pergunto: Que outro bicho tem olhos vermelho-intenso-luminosos daquele jeito? E eu mesmo lhe respondo: Televisores, DVDs, Celulares, Tablets... Eletrônicos. Todos eles ficam piscando os olhos pra você quando estão em “Stand by” ou carregando. É o mesmo com coelhos! Quando não estão se procriando (90% do tempo), estão em “Stand by” (imóveis, com o olhar fixo em lugar algum), ou então se alimentando (leia-se: roendo fios de aparelhos eletrônicos). Cenoura que nada! Talvez essa seja a maior farsa da humanidade, o segredo mais bem guardado de todos: coelhos, por mais absurdo que pareça, se alimentam de energia elétrica! Deixe seu gato ou cachorro dar pelo menos uma lambidinha no fio da tomada do seu computador quando estiver ligado só pra ver se resta algum pedacinho deles pra contar história! O danado do coelho não sente nem sequer um arrepio. E mais são bivolts, não adianta tentar trocar o padrão da casa de 127V pra 220V, eles vão rir da sua cara! Como amigo, um aviso, te dou um aviso. Há quem diga que os coelhos têm o objetivo de dominar a Terra e saquear nossas fontes de energia, e ainda mais, que na verdade são uma praga interestelar que já haveria causado a destruição de centenas de planetas semelhantes ao nosso, consumindo suas fontes de energia até a escassez. Pode parecer loucura, mas há grandes chances de que páscoa, Pernalonga e Playboy (ah!...as coelhinhas), sejam apenas estratégias para nos ludibriar, nos despistar, enquanto nos tornamos meros escravos da eterna ternura dos olhos luminosos e tudo mais.

Sr. Pepper

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Fagulha no coração do Milton Nascimento


(E ai blz? tdb c vc?) Aposto que entendeu sem problemas minha saudação, não é verdade? É natural que na ultramoderna linguagem da internet as pessoas tenham uma tendência (pra não falar obsessão tremenda) de encurtar o número de frases, períodos e até mesmo as palavras (será por preguiça?). É claro que isso não é de hoje. Exemplo disso é o bom e mineiro “cê”, que em outros tempos já se vestiu de “ocê”, jogou super nintendo com “você”, andou de charrete com “vós micê” e apreciou um refinado chá no palácio de “vossa mercê”. Isso remete a um conflito épico: De um lado, fervorosos membros da liga dos defensores magistrados da idolatrada língua-pátria amada brasileira (professores de gramática), sentindo-se violados, ultrajados, com tais neologismos e adaptações. De outro, guardiões da emancipação da escrita e do direito à liberdade de fazer e dizer merda, por qualquer que seja ela (os jovens), desatinados a cisalhar os compêndios da linguagem clássica (será por provocação?). Com isso, “também” vira “tb”, “um beijo!” vira “bjo” (e “bj”, para os mais preguiçosos), “tudo de bom” vira “tdb”, “valeu!” vira “vlw”, “falou!” vira “flw” e “Caramba, confesso que achei muito engraçado o que você acabou de me enviar!” se transforma no poderosíssimo “LOL”. Compacto, simples e extremamente útil, tal como uma máquina portátil de processar couve de bruxelas! Mas não se enganem pela aparência desse singelo e carismático bonequinho de bracinhos levantados. Não sabem a força desse ícone de três letras. É universal! Escreva “LOL” no solo de marte e será visitado em sua casa por Charlie Sheen e Steve Wonder. Mandarim que nada, escreva “LOL” na china e entenderão o que você quis dizer! (embora nem você saiba o que quis dizer e nem por isso eles te contem). Se colocássemos legenda na legendária respiração de Darth Vader seria algo do tipo: “Sussurro: LoooooL... LoooooL”. E o milésimo gol de Pelé? Na verdade, foi narrado com um efusivo e prolongado “LOOOOL!”, mas com as interferências da mídia radialista acabamos ouvindo “GOOOOL!”. Entretanto, “LOL” é como um gato-bomba de Schrödinger (ou um pombo-correio-caolho), se usado da maneira errada, por pessoas erradas ou mesmo em horas erradas, pode causar sérios problemas. Poucos sabem, mas é bem possível que a campanha nazista da segunda guerra mundial tenha sido desencadeada por este pequeno e fatídico símbolo. Há quem diga que após a derrota da Alemanha na primeira guerra, Hitler teria recebido por engano (ou não!) um par de pantufas do Pluto, uma foto do Tião Macalé e uma toalha de rosto vermelha com um imenso “LOL” estampado e os dizeres “Fuck yeah!” (Pro doidão isso foi a gota d’água!). Mas agora que sabe da força de um LOL (mais ou menos 3,33x1033 kg.m/s³³) deve estar se perguntando: De onde esse bonequinho feliz surgiu e por que diabos ele faz ola o tempo todo? Pois bem, a origem de “LOL” já foi uma incógnita para a humanidade, mas atualmente existem algumas teorias. Já ouviram falar do esperanto? É o seguinte, tentaram (sem sucesso) criar uma língua que fosse universal e a chamaram de esperanto, devido à esperança que se tinha de que ela unisse os povos de todo mundo (tolos ingênuos, não conseguiram fazer o que o Facebook faz de olhos vendados!). Mas a língua inglesa não deu o braço a torcer. Deu no que deu! Hoje estamos aí, cansados de ouvir o Luciano Huck dizer que inglês é importante, que "Inglês e Espanhol é Fisk", que "CCAA, uou uou!" (do original CCAA LOL LOL!) e blá blá blá... Enfim, acredita-se que “LOL” na verdade seja um adjunto adverbial do já esquecido esperanto. Outros sugerem que seja um ideograma japonês para "Assalto!", ou ainda uma espécie arcaica de hieróglifo egípcio referente à Hamsés fazendo exercício de barras no domingo. De qualquer forma, trata-se de algo de tempos remotos que, por ironia do destino, resurge com força total no início deste século, agora então potencializado pela fugacidade da internet aliada à nossa continua teimosia em fazer coisas não produtivas no tempo em que ficamos no conectados (Ora vamos! Você está lendo esse texto que não vai te levar a lugar algum!). Seja lá o que for, “LOL” é um resquício, um prefácio da profecia, uma fagulha no coração do Milton Nascimento que teima em arder e dizer que amigo é coisa pra se guardar.

(Por fim, se gostou do texto ou teve náseuas enquanto lia, por gentileza, faça um pequena homenagem ao bonequinho de bracinhos levantados nos comentários abaixo e tenha um LOL dia!)

Sr. Pepper

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Frango maluco solto!


Pense em clássicos da literatura: Aladin (repositor de produtos do Carrefour) encontrando a famosa lâmpada “indecente” de 33 watts suja, resolve mostrar serviço dando uma bela polida em sua superfície. Eis que surge o famoso gênio concedendo seus famosos três desejos. Os porquinhos são três, o engenheiro civil (casa de alvenaria), o traficante (casa de madeira), e o hippie (casa de palha). A idéia original é de que os mosqueteiros fossem quatro, só que chamaram o mais revoltado deles de D’Artagnan, mudaram um pouco sua roupa em relação à dos demais e ficamos novamente com o três. Até aqui, notou algo de estranho? Vejamos algo mais. Na religião católica temos a Santíssima Trindade e Jesus morre aos 33 anos. Aos mesmos 33, no cúmulo do ócio criativo Cabral resolve: “Porque não pego umas caravelas e saio mar adentro sem rumo pra ver no que dá?!”. Em nossa sociedade são três (super) poderes, o executivo, legislativo e judiciário. Na matemática o famoso π vale “três vírgula e alguma coisa”. Lembra das leis de Newton? A primeira fala do princípio de inércia: um cara parado tende a ficar parado, a menos que alguém faça alguma coisa estúpida para que ele se mova. (Teste: Grita “frango maluco solto!” perto de alguém e saia correndo desesperado pra ver se umas 33 pessoas não vão fazer o mesmo, sem sequer pensar na coerência da situação). A segunda lei diz que o somatório de forças é igual ao produto da massa pela aceleração: se o cara tem massa e está correndo, tem uma força resultante ali. (Se o cara for gordo, precisa de um tanque pra pará-lo, se for magrinho um pombo caolho serve). A terceira lei é ação e reação, serve pra qualquer coisa: Bateu, levou! Aprendemos cedo de modo prático na escola (Ah! Foi ele que começou!). Notou que a primeira e a segunda lei poderiam ser uma só? Considere na segunda uma aceleração nula ou constante e você tem a primeira lei. Podiam ser duas, mas Newton preferiu descrever três. Com Kepler não foi diferente, ele podia ter resumido tudo em uma ou duas leis. Usou três, de pirraça! Quer mais? Se Zagallo cisma que tudo dá treze, então aí vai: Mario Lobo Zagallo, três nomes. No terceiro nome, três sílabas e três vogais. Na copa de 58 (a diferença entre 5 e 8 é três), consagrou o estilo 3-3-3+1: Zagallo era ponta esquerda, mas por 33 minutos de cada tempo corria feito louco o campo inteiro. No entanto, catedráticos e escolásticos do futebol acharam conveniente que esquemas táticos tivessem apenas três números (ficou 4-3-3). No universo dos filmes: George Lucas achou melhor lançar os seis filmes de Star Wars em duas trilogias. Falando nisso, trilogias e trilogias, é o que mais temos visto no cinema, algumas de qualidade, outras nem tanto (não cito nenhuma, pois sei que se lembrará de pelo menos umas 33 delas). Na verdade, se lançam apenas dois filmes de um título, o sentimento é de que nossa vida já não tem o mesmo sentido. Até mesmo em coisas do seu cotidiano moderno e cibernético o atrevido três se atreve a estar: doc, txt, rar, zip, cdr, ppt, (pqp, ops!) todos com três letras. Até o JPEG, por excesso de letras, foi substituído pelo queridinho JPG. E ainda tem o www, o MSN (Sem o qual, convenhamos, jamais teríamos saído das cavernas!) e nosso amado Google que não tem três letras, de fato, mas três delas são vogais e as outras três consoantes. O padrão básico e universal de cores RGB: três cores básicas. O fato é que, dádiva ou maldição, o três está em tudo! Se te assustei de alguma forma, saiba que não é o único aterrorizado! Eu e mais outros três amigos tivemos a mesma sensação estranha de estar bebendo refrigerante em um espremedor de batatas. Não queria causar mais espanto mas o título original desse texto era “Três” e pra me livrar da maldição, resolvi trocar pelo que vêem acima. Lendo agora pela quantidade de palavras, penso eu que a tentativa tenha sido em vão... Alem disso, se do título subtraíssemos o número de consoantes pelo de vogais será que... Não quero nem pensar nisso!

Sr. Pepper