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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Seriamos nós frankensteins?


Você se considera estranho? O que acha de si mesmo, do seu jeito, das coisas que você fala, das suas manias? O que escrevo hoje não é nenhuma inovação tecnológica ou alguma fantástica descoberta científica (talvez daqui a um tempo, quando encontrarem um meio disso ser útil na culinária francesa), apenas algo que me veio na minha cabeça em mais um momento de insanidade. Todo mundo já ouviu isso algum dia, que somos a soma de nossas experiências vividas ao longo do tempo. Concordo, mas acho que podemos ir um pouco além disso. Acho que somos um complexo formado de partes de todos aqueles que nos rodeiam e nos quais nos espelhamos por admiração (uma espécie de mosaico psicodélico ou um saudoso megazord). Isso é claro, por exemplo, quando somos pequenos e nos espelhamos em nossos pais. Até então, não temos nossa própria personalidade e se a temos, é de forma muito basal, assim o que fazemos nada mais é que copiar tudo aquilo que vemos, até as idiotices (somos até ai apenas louro-josés, sedentos por coisas novas a aprender). Lembra do seu tio chato, ele adora ensinar palavrões pro seu priminho mais novo “Olha que gracinha ele falando palavrão”. Ao crescermos, achamos que nossa personalidade está formada, que ela é uma caixa lacrada privada de modificações quando na verdade não, estamos sempre sujeitos a elas (seria como o pacote de atualização do Windows. Está sempre lá, com aquele ícone amarelo chato piscando no canto e emitindo balõezinhos que te dão nos nervos, dizendo que você pode continuar fazendo suas coisa no pc e blá blá blá). Um bom exemplo está na fala. Passe uma ou duas semanas com uma linda menina de sotaque paulista e você com certeza pegará os “eres” cantados entre as palavras (e não mais os “errrres”, habituais da capital mineira). Passe um bom tempo com seus amigos e você se apropriará de parte das suas ações, de suas manias, de seus trejeitos (e de suas loucuras também, por que não?). Coisas que você fala, coisas que você pensa, coisas que sente, tudo isso um miscelânea de personalidades diversas as quais você admira (é tipo a sopa estranha da sua vó que você acha que vai desandar mas no final, mesmo misturando aqueles ingredientes que juntos são altamente explosivos, dá certo e fica bom pra caramba). Mas é preciso ter cuidado. Uma vez ouvi o seguinte: pense duas vezes antes de convidar alguém para ir à sua casa. Sabe por quê? Porque boa parte da poeira nos cantos da sala, nos móveis, no abajur, nada mais é que resto de pele humana. Isso mesmo, células epiteliais que morrem e são trocadas a todo o momento caindo constantemente em qualquer lugar. Estranho, talvez nojento, mas verdade (além de ser uma metáfora bastante apropriada). Da mesma forma, pense antes de escolher seus amigos, você será reflexo deles de alguma forma, ainda que timidamente (o que não implica em dizer que você necessariamente usará o conjunto ridículo cabelo-grande-e-óculos-de-bolinha do seu amigo). Assim, aconselho que você selecione bons amigos da forma mais simples: tenha muitos deles, selecione e conviva com os melhores, converse com os bons e descarte os desnecessários, os invejosos (a nova versão de Baygon pode lhe ajudar um pouco a repeli-los, dizem que é igualmente eficaz contra vermes). Quase me esqueço, há outro ponto importante. Embora esteja sujeito a essas pequenas variações, você possui uma essência que não muda nunca (é como se você fosse um cubo mágico, as faces podem mudar aleatoriamente como você bem quiser, mas você ainda é um cubo mágico). Não a perca. Conheço pessoas que mudaram do nada, sem qualquer aviso prévio, seja pelo convívio com novos amigos ou uma nova namorada, seja pela empolgante nova temporada de Lost (conheço o caso de um jovem que conheceu uma abelha, não deu duas semanas ele fez uma muda, ganhou asas e fugiu com ela pra Abelhópolis. Depois disso nunca mais o viram). Não mude radicalmente, isso é game over demais. Seja mutável, mas sempre conserve essa essência, afinal de contas somos um monte de frankensteins quem mudam o tempo todo, e o que permanece é apenas o vital parafuso no pescoço.

Sr. Pepper

2 comentários:

  1. "pense antes de escolher seus amigos, você será reflexo deles de alguma forma"

    ce ta fudido conosco meu caro! ahuahuaa

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  2. entendo que sim e me preocupo intensamente veja: ¬¬* rsrsrrsrs

    Abraço e obrigado pelo carinho!

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